sábado, 26 de outubro de 2013

Cláudio Fajardo, do PPL, quer ser o anti-Álvaro no Paraná

Oriundo das fileiras revolucionárias do MR-8, professor Cláudio Fajardo que uma frente de centro-esquerda para derrotar o tucano Álvaro Dias no Senado; em manifesto divulgado em seu blog, nesta sexta, o agora dirigente do PPL adianta o tom da música que vai tocar em 2014: "Álvaro Dias defende interesses das elites", diz.
Oriundo das fileiras revolucionárias do MR-8, professor Cláudio Fajardo que uma frente de centro-esquerda para derrotar o tucano Álvaro Dias no Senado; em manifesto divulgado em seu blog, nesta sexta, o agora dirigente do PPL adianta o tom da música que vai tocar em 2014: “Álvaro Dias defende interesses das elites”, diz.
O professor Cláudio Fajardo, do PPL, antigo MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), anunciou-se candidato ao Senado nesta sexta (25).

Em seu blog, o mestre se coloca como alternativa à composição do Senado que ele considera conservadora.
“Álvaro Dias tem sido um desses senadores conservadores, defensor dos interesses das elites”, asseverou.
O PPL no Paraná deverá marchar na chapa proporcional com o PMDB, que terá como candidato o senador Roberto Requião.
Fajardo disputou o cargo de vice-prefeito de Curitiba em 2012 na chapa encabeçada por Alzimara Barcelar, também do PPL.
A seguir, leia a íntegra do manifesto de Cláudio Fajardo:
Ponho-me na disputa pelo senado I
Por Cláudio Fajardo
O senado da república precisa renovar-se. Não bastam as eleições para que isso aconteça. Há décadas aquela casa tem sido um palco dominado por forças conservadoras, coronéis da política clientelista. É bem verdade que lá também brilharam estrelas da boa política, mas que nunca predominaram. Atualmente, o Senado brasileiro tem alternado o seu comando com políticos matreiros que ao fim e ao cabo estão a preservar os privilégios das elites brasileiras.claudio
O alto comando do senado, alternado por Sarney-Renan e Renan-Sarney constituem a base aliada do governo de Dilma Rousself. O governo de Dilma Rousself adotou o neoliberalismo como filosofia de governo.
O neoliberalismo é um pomposo nome, uma embalagem nova, para uma velha prática: as grandes negociatas. Raramente o conteúdo das políticas inspiradas no neoliberalismo são assuntos verdadeiramente de Estado, são assuntos particulares, interesses particulares das grandes empresas monopolistas, das elites endinheiradas, da classe economicamente dominante. O Estado é apropriado pelos particulares que se apresentam como MERCADO. As velhas raposas dão respaldo senão estão elas mesmas a promover e se aproveitarem disso. Enquanto as elites, os banqueiros, os monopólios e o agronegócio se aproveitam das imensas riquezas produzidas por toda a Nação, o povo carece das mais elementares condições para uma vida digna.
Essas forças exploradoras se mantém no poder através de mecanismos políticos seletivos e de uma constante lavagem cerebral exercida maciça e minuciosamente sobre as populações com direito a voto. As leis, o conjunto das leis, favorecem a manutenção desse poder assim como ele está constituído.
Todavia, apesar de todas as condições adversas, a eleição ainda é o principal modo que nos permite alterar esse poder. Se as instituições entrassem em colapso, a violência revolucionária tem sido uma forma de mudança recorrente pelos povos. Se estamos, no entanto, numa democracia formal e as instituições permitem a mudança, apesar do imenso trabalho que isso exige, o voto é o instrumento para essa mesma mudança.
Teremos eleição para o senado, juntamente com eleição pra presidente da república, governadores, deputados federais e deputados estaduais. Os estados tem direito a ser representados por três senadores, sendo que a cada quatro anos se elegem ora um ora dois senadores com mandato de oito anos.
Nas próximas eleições de 2014 o Paraná porá em disputa a vaga do senado ocupada hoje por Álvaro Dias.
Álvaro Dias tem sido um desses senadores conservadores, defensor dos interesses das elites. Teremos oportunidade de demonstrar isso durante a campanha. Essa elite não tem compromisso com o País. Suas políticas são sempre pautadas pela mesquinhez dos interesses particularistas. Elas põem o Estado a serviço dos seus interesses particulares. Os assuntos de Estado, então, passam a ser esses mesmos interesses mesquinhos da classe dominante. Os interesses verdadeiramente de Estado, do futuro do País, dos interesses da ampla maioria, do desenvolvimento econômico e da evolução cultural, da soberania nacional, não são levados em conta por essa elite. É por isso que eles defendem com tanto ardor as privatizações, ou seja, colocar mais empresas do Estado na mão de particulares, interesses privados. ISSO TEM QUE MUDAR. E É POR ISSO QUE ESTAMOS NOS PROPONDO A CONCORRER AS ELEIÇÕES PARA O SENADO. QUEREMOS MOSTRAR QUE É POSSÍVEL UMA ALTERNATIVA POLÍTICA QUE PROMOVA O INTERESSE POPULAR E NACIONAL.
Sou membro do Partido Pátria Livre, teremos agora no final de novembro o nosso III Congresso. Defenderei a proposta de que o partido apresente candidatos a todos os níveis e no senado me apresento como pré-candidato. Teremos assim a oportunidade de dizer a todo o brasileiro quais são as idéias que nos orientam e, particularmente, quero por em discussão que interesses deve defender o senador eleito pelo Paraná. Repito, o senado precisa renovar-se, não bastam eleições para isso. É preciso que nas eleições se reflita a consciência da necessidade de mudança.
(continua no próximo artigo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário